Notícias

08/03/2016

Criado por Santiago Calatrava como uma pomba branca, novo centro de transportes do World Trade Center é aberto

Foi inaugurada na última quinta-feira (3) a estação de metrô World Trade Center Transportation Hub, projetada pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. O local tem como função ligar os usuários ao Brookfield Place, torres 1,2,3 e 4 do empreedimento; ao Fulton Street Transit Center e às linhas 1, A, C e R do metrô de Nova York. O espaço deve atender cerca de 250 mil pessoas por dia.

Com 74,3 mil m², o World Trade Center Transportation Hub será o terceiro maior centro de transportes na cidade, rivalizando com a Grand Central Station em questão de tamanho. É localizado a leste no posto original das Torres Gêmeas do World Trade Center, e substitui o Port Authority Trans-Hudson (PATH), destruído em 11 de setembro de 2001.

Apesar de sugestivos motivos de diferentes tradições (a mandorla Bizantina, as asas do querubim sobre o Ark of the Convenant, ou as acolhedoras asas das urnas egípcias), para o arquiteto, as formas da estação podem ser resumidas na imagem de um pássaro libertado das mãos de uma criança.

O “Oculus”, que é o saguão principal da edificação, foi considerado o principal espaço do projeto. O local visa se tornar um espaço de pausa entre as torres comerciais densas, ligando a espaços verdes que se estendem pelo City Hall Park ao adro de St. Paul, pela praça do WTC Transportation Hub aos jardins do Memorial and Battery Park, pelo Hudson. Ele é composto por vigas de aço e vidro dispostas em uma forma larga e elíptica. Tais vigas estendem-se, de forma a criar duas coberturas sobre as porções norte e sul do espaço.

As vigas crescem de dois arcos de 106 metros de altura, que se encontram ao lado do eixo central do projeto. Entre eles, uma escotilha operável de 100 metros revela um pedaço do céu de Nova York, e é aberta em dias com temperatura agradável, assim como, anualmente, em 11 de setembro.

O óculo ainda permite que iluminação natural durante o dia transborde o local. Durante a noite, o prédio iluminado funcionará como uma lanterna para a vizinhança. Calatrava fala da luz como um elemento estrutural em seu projeto, dizendo que o prédio é amparado por “colunas de luz”.

O acesso à construção se dará pelas Church e Greenwich Streets, através dos lados leste e oeste do óculo.

Os patamares de escadas de entrada balançam pela praça principal, chamada Transit Hall. Escadas, elevadores e escadas rolantes garantem acesso aos andares mais altos e mais baixos. O pátio mais baixo está, aproximadamente, 10 metros abaixo do nível da rua, e 48 metros abaixo da escotilha. O espaço elíptico sem colunas tem, aproximadamente, 106 metros de comprimento por 35 de largura.

A obra é seccionada pela linha 1, que passa sob o Greenwich Street. O serviço oferecido aos frequentadores do local inclui passagens de metrô e controle de tarifa. O centro de transportes será responsável por conectar os visitantes a 11 linhas de metrô distintas, o que deve garantir o seu lugar como maior rede integrada de conexões subterrâneas para pedestres da cidade de Nova York.

A construção é orçada em quatro bilhões de dólares.

Fonte: au.pini