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28/09/2015

Mercado de Acústica irá crescer mesmo com economia em baixa

Em análise sobre o mercado da construção civil e acerca da economia mundial e nacional, a economista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria, diz que, por seu caráter inovador, o mercado de Acústica crescerá mesmo com a economia em queda, pois atualmente há maior demanda por seus produtos e serviços. O cenário econômico atual e as perspectivas para este segmento foram debatidos no fim de agosto, em evento da ProAcústica, entidade da qual a Wall System é filiada desde sua fundação. O seminário“O Mercado de Acústica No Brasil: Cenário & Perspectivas” foi ao encontro do diagnóstico da consultora sobre os desafios e perspectivas no atual momento de crise.

Segundo a análise da economista, a atividade da construção, medida pela produção de insumos típicos do setor, caiu 9,6% no primeiro semestre de 2015, frente mesmo período do ano passado. O PIB da construção caiu, na comparação anual, 2,9% no primeiro semestre, além de 8,2% no segundo trimestre, resultando em uma queda total de 10,9%.

Diante desse quadro desanimador, Amaryllis mostrou que o segmento de Acústica aparece como um ponto fora da curva na crise, principalmente pela introdução da Norma de Desempenho (NBR 15.575), que tem força de lei e prevê níveis de conforto acústico para as unidades habitacionais. “Possivelmente o mercado de Acústica, dado seu caráter inovador na construção nacional, crescerá mesmo com o mercado total em queda, pois há mais demanda por produtos e serviços nessa área. E a perspectiva é de que este cenário perdure ainda por algum tempo, especialmente na medida em que ocorram inovações introduzidas pelo setor de acústica”, analisa Amaryllis.

É neste contexto que a Wall System enxerga a diferença efetiva que pode fazer nos negócios de seus clientes. Com produtos de acústica superior (em alguns casos com 50% mais eficiência do que a concorrência), a empresa entrega ao mercado soluções que possibilitam o uso de um mesmo espaço para múltiplos propósitos, com eventos simultâneos, sem perda do conforto acústico e proporcionando uma melhor racionalização do investimento.

Os investimentos em tecnologia de produção geram soluções mais eficientes, o que é fundamental em momentos de retração econômica. Quando a construção civil não pode errar, é fundamental que o setor conte com produtos de alta qualidade e alto retorno. A acústica permite uma melhor utilização dos espaços e agrega valor às construções, oportunizando uma melhor negociação e ocupação dos equipamentos, sejam eles hotéis, centro de convenções, escritórios ou universidades.

Leia a seguir o diagnóstico econômico da consultora sobre os desafios e perspectivas para a construção civil

Com o cenário internacional se complicando, por causa da redução de crescimento da China, como fica o Brasil?

A desaceleração da economia da China tem grande impacto, especialmente em países muito dependentes de exportação de commodities, sejam elas agrícolas ou industriais. A redução no ritmo de compras da China impõe uma tendência baixista aos preços internacionais, prejudicando as exportações de outros países. Neste sentido, o período de bonança interna no Brasil, financiado por transferência de renda externa acabou, de sorte que devemos passar a conviver com taxas de crescimento de renda e, consequentemente, de consumo interno bem menores que em 2012/13.

Quais os efeitos desse cenário na economia brasileira?

A questão da valorização do dólar frente a outras moedas ocorre com toda a expectativa de elevação da taxa de juros nos EUA, uma vez que parecem ultrapassados os problemas derivados da crise internacional de 2008 naquele mercado. A liquidez internacional está preparada para se transferir para o mercado financeiro norte-americano, valorizando a moeda mais procurada, o que implica pressão de queda de preços internacionais em dólar.

Há também capacidade ociosa na maioria das indústrias mundo afora, desde a crise de 2008, pois o consumo global ainda não se recuperou totalmente, sendo que é preciso destacar que tal crise ocorreu em um momento de maturação de grandes investimentos em ampliação de capacidade em vários ramos da indústria mundial. A isso se soma, mais recentemente, a recuperação da oferta agropecuária, após alguns anos de problemas de clima em diferentes regiões do globo.

Ou seja, há vários focos de pressão baixista sobre preços internacionais, o que prejudica bastante a perspectiva de retomada da economia brasileira que, por sua vez, não aproveitou o período de bonança externa para fazer sua lição de casa.

O cenário doméstico se complica a cada dia, com a paralisia do governo, suas ações desastradas, e aumento da dívida pública. Como fica a construção civil brasileira neste contexto?

Este quadro reflete os erros de politica econômica dos governos petistas que priorizaram consumo e renda sobre a produção, competitividade e eficiência, negligenciando especialmente a área fiscal. A construção é o primeiro setor a sentir o baque da falência desse modelo.

Como recuperar a confiança dos agentes dos vários segmentos econômicos e em particular da construção civil diante da queda de 1,9% do PIB nacional no segundo trimestre?

É o mesmo caminho da recuperação da confiança na economia como um todo. Responsabilidade fiscal, política de cambio flutuante e, principalmente, um Banco Central que persiga a meta de inflação próxima aos 4,5%. Parece impossível, mas caminhar neste sentido, chegando perto dos 5,5% já seria um grande avanço. A situação politica instável vem prejudicando estas metas e deve continuar a prejudicar.

O setor de acústica aparece como um ponto fora da curva diante da crise. Por que isso ocorre? Quais as perspectivas para esse setor e as recomendações aos empresários e profissionais de acústica?

Possivelmente o mercado de acústica, dado seu caráter inovador na construção nacional, cresce mesmo com o mercado total em queda. Ou seja, mesmo com uma menor metragem em construção, comparativamente aos anos anteriores se utiliza mais materiais acústicos por m2. E a perspectiva é de que este cenário perdure ainda por algum tempo, especialmente na medida em que ocorram inovações introduzidas pelo setor de acústica. O aumento do grau de preocupação com o meio ambiente e sustentabilidade embasam este cenário mais promissor.

Como se diz, crise também é sinônimo de oportunidades. Quais seriam essas oportunidades para a construção civil como um todo e em especial para o setor de acústica?

Conforme já apontado, por se tratar de um mercado de certa forma inovador, as perspectivas são excelentes para produção de materiais acústicos para construção civil. Acredito que a cadeia produtiva de acústica deveria manter ou aumentar o nível de seus investimentos, visando ampliar ainda mais sua penetração em todos os ramos da construção civil. Sabemos que mesmo em períodos de crise aguda há uma parcela de empreendimentos muito menos afetados e que podem oferecer uma base sólida para evolução desses materiais. Inovar em materiais e tecnologias, mesmo na crise, é uma estratégia normalmente vencedora.

A Wall System trouxe para o Brasil a mais avançada tecnologia mundial em produção de paredes móveis acústicas, a Série 600 Wall System Hufcor, entregando ao mercado eficiência acústica 50% superior à da concorrência.
A visão da empresa é de crescimento, mesmo em um momento adverso, identificando oportunidades de avanço ao proporcionar para o mercado qualidade, performance e retorno singulares.
O desenvolvimento, no ano passado, da linha de produção mais avançada do Brasil, a fabricação e instalação de paredes móveis acústicas no maior complexo de hospitalidade no Rio de Janeiro e a expansão de cadeia de distribuidores, com a oficialização da parceria na Bolívia, são alguns movimentos que ilustram a visão da Wall System.
A empresa está convicta de sua posição estratégica neste momento, apresentando-se como a melhor opção para entregar soluções inovadoras que racionalizem os investimentos ao proporcionar mais eficiência e durabilidade.

Fonte: ProAcústica – Associação Brasileira para a Qualidade da Acústica – e Wall System.

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