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22/08/2018

Restaurante em varandas curvilíneas em Sidney aproveita a natureza local para evidenciar a construção

A Austrália é conhecida por unir projetos totalmente contemporâneos à natureza protuberante local. Não diferente, o escritório Collins and Turner propôs uma interação entre esses dois mundos, com um quê irreverente na concepção. O prédio, no bairro Barangaroo, em Sydney, recém-reformado pelo Rogers Stirk Harbour + Partners, tem três andares e abriga o restaurante Barangaroo House nas suas varandas curvilíneas. A ideia do projeto era aproximar os clientes da atmosfera australiana do bairro, em uma experiência gastronômica e turística nova.

A sensação visual que as varandas de madeira proporcionam é do movimento, que aqui pode ser lido como o movimento da natureza, das pessoas, do restaurante e da própria cidade. O legal é que ninguém sai prejudicado, porque as varandas circundam o prédio, permitindo que todos os visitantes vejam a cidade.

Os 750 m² de área construída tem três fachadas distintas, com saídas para as principais ruas do bairro. "O plano curvo cria um espaço livre ao redor do prédio, permitindo um espaço receptivo aos transeuntes, enquanto efetivamente ‘estica’ seus terraços ao redor do eixo norte e do sul do edifício", explica o escritório. Nas varandas, além do espaço para as mesas, o projeto incluiu um jardim para o chef do Barangaroo cultivar as plantas que servem de ingrediente para os pratos.

O efeito escuro da madeira no acabamento das varandas se dá pelo uso da técnica tradicional japonesa Shou Sugi Ban, na qual consiste em carbonizar o material. Isso ainda aprimora as propriedades à prova d'água, exigindo pouca manutenção. A superfície carbonizada também faz referência ao ato primitivo de queimar madeira para cozinhar.

"Procuramos propor um edifício com uma forte identidade visual, que falava da natureza, bem como da singularidade do local", explica os arquitetos da Collins and Turner. "A ambição do projeto é a criação de uma estrutura acolhedora, que com o tempo se torne uma parte muito amada da cidade.”

Fonte: Casa Vogue