Notícias

16/08/2018

Museu em homenagem à James Bond parece sair da montanha de neve na Áustria

A construção tem acesso apenas por teleférico e dedica seus interiores à Exposição '007 Elements', com os momentos mais emblemáticos da franquia, ressaltando a importância do designer de produção Ken Adam, responsável pela estética dos filmes

Todo mundo já viu pelo menos um filme da franquia James Bond. O famoso espião do MI6, serviço secreto inglês, foi criado pelo escritor Ian Fleming em 1953, e caiu no gosto dos cinéfilos em 1962, com o primeiro filme 007 contra o satânico Dr. No, protagonizado por Sean Connery. De lá para cá, outros cinco atores já deram vida para as missões secretas do personagem, que mistura ação e charme em suas aventuras pelo mundo - do México, no Dia dos Mortos, até os Alpes austríacos, no cume da Montanha Gaislachkogl, em Sölden. Este último, cenário do filme 007 Contra Spectre (2015) se tornou oficialmente o museu que homenageia toda a obra em torno do agente secreto, e abriu suas portas oficialmente.

Construído a uma altitude de mais de 3 mil metros, com uma estrutura de 1300 m², é um dos maiores museus do mundo. O volume de concreto que parece sair da montanha de neve foi desenhado pelo arquiteto austríaco Johann Obermoser, com inspiração direta no trabalho de Ken Adam, principal designer de produção da franquia, responsável por toda a estética minimalista e elegante que vemos nos filmes até hoje. Formas geométricas, ângulos acentuados e paleta de cor sóbria são algumas de suas marcas visuais. E tudo isso é passível de apreciação para os visitantes que acessam o local apenas por teleférico.

No seu interior, a exposição 007 Elements se divide em 10 salas, cada qual permite o visitante mergulhar no passo a passo da produção do filme ali gravado (Contra Spectre). Além dele, os outros 24 filmes da franquia também ganham seu espaço nessa retrospectiva imersiva. "Nosso objetivo é contar a história da produção dos filmes de uma maneira ultramoderna, emotiva e envolvente", explica Neal Callow, diretor criativo do museu, também diretor artístico dos últimos quatro filmes, ao Dezeen.

A experiência simbiótica criada por ele e por Tino Schaedler é alcançada pela primorosa união entre a arquitetura do museu e o conteúdo curado para a exposição. "Nós estudamos cautelosamente os projetos de Ken Adam e sua linguagem única. Ele projetou cada detalhe pensando na câmera e nos ângulos específicos", disse Schaedler ao Dezeen. “Nós usamos a mesma técnica para criar a exposição. Os visitantes são naturalmente levados durante o passeio, de uma sala para outra, devido ao layout e conteúdo", continua ele.

A exposição 007 Elements é permanente, mas foi projetada de tal forma que se torna possível a sua constante atualização, na medida em que os filmes do James Bond são lançados.

Fonte: Casa Vogue