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28/05/2018

Projeto do Centre Pompidou de Bruxelas em antiga fábrica de carros destaca os elementos icônicos da arquitetura existente

Os escritórios noAarchitecten, EM2N e Sergison Bates venceram o concurso internacional com proposta chamada “A Stage for Brussels”. Escolhida por um júri liderado pelo arquiteto suíço Roger Diener, ela destaca todos os elementos icônicos da arquitetura existente e integra totalmente o Kanal - Centre Pompidou no contexto urbano.

O projeto reformula o complexo modernista de 16.500 metros quadrados, projetado em 1930 pelos arquitetos belgas Alexis Dumont e Marcel Van Goethem, em colaboração com o arquiteto francês Maurice-Jacques Ravazé, e que funcionava como uma fábrica de automóveis. Feito em sua maioria de vidro, aço e concreto, teve como premissas: abertura, transparência, flexibilidade, horizontalidade, funcionalidade e iluminação.

O edifício está localizado no centro histórico de Bruxelas e no coração da Área do Canal, em um eixo que corta a cidade de norte a sul. O programa do Kanal – Centre Pompidou compreende o Museu de Arte Moderna e Contemporânea e o Centro de Arquitetura da Fundação Civa, além de espaços de arte pública.

De acordo com os arquitetos vencedores da competição, o centro foi concebido como um "local de intercâmbio acolhedor, animado e dinâmico. Um lugar que convida todos os moradores de Bruxelas a se sentirem em casa".

O partido tomado no projeto foi “despir” o prédio industrial da década de 1930 para inserir três novos volumes. "Em vez de um gesto espetacular, nossa proposta oferece uma atitude de otimismo radical: crítica, receptiva, dedicada e precisa", comentou a equipe vencedora em comunicado.

A fachada envidraçada de 21 metros de altura do antigo showroom de carros, voltada para o canal, se tornará uma “vitrine” para o novo Pompidou, abrigando instalações, performances e concertos. O interior do edifício é cortado por uma “rua” transversal que dá acesso aos três grandes volumes propostos.

Os arquitetos deram enfase à sustentabilidade no projeto arquitetônico, limitando o uso de novos materiais e buscando soluções no ambiente próximo para suprir as necessidades térmicas e gerar conforto climático.

A construção deverá começar em 2019 e tem previsão de abertura em 2022. Também está previsto um programa de exposições de arte e arquitetura nos 13 meses que antecedem o início das obras, oferecendo ao público a oportunidade de experimentar o local em seu “estado bruto”.

Fonte: Arcoweb